quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vampiragem da Saúde em Imperatriz e no Maranhão (Parte II)

Nos últimos tempos as chamadas entidades privadas sem fins lucrativos aqui em Imperatriz, especialmente na área da saúde passaram a ser vistas como os canais para desviar recursos do Estado e da saúde pública e jogá-los nas teias de corrupção que se formam nas malhas administrativas e políticas.
O suado dinheiro que seria destinado à saúde pública de Imperatriz, Porto Franco, Açailândia, Carolina, Balsas, Grajaú e de outras cidades é gerenciado por políticos com mandatos, empresários delinquentes do setor de saúde de Imperatriz e do Maranhão.  
Emilio...
E assim, sombreado por casos escabrosos, esse conglomerado, que reúne algumas das organizações conhecidas no município, enfrenta intenso processo de desgaste, cujas consequências poderão afetar o desenvolvimento de programas voltados para o bem-estar de comunidades carentes.
Como é sabido, o espaço desse setor é ocupado por entidades cognominadas sem fins lucrativos, entre outras modalidades, que atuam nas áreas da saúde com a aquiescência do Secretário de Saúde do Estado Ricardo Murad, sob o patrocínio de um médico-deputado que se notabiliza a cada dia como “o Vampiro da Saúde de Imperatriz”, um empresário bioquímico conhecido por Dr. Emílio, uma rede de blogueiros, jornalistas, advogados e contadores e, mais recentemente, de dois candidatos a Prefeito de Imperatriz e outros da região.
A carência de recursos para a área de saúde da região, os cortes efetuados em vários municípios pelo atual secretário estariam agora sendo drenados para organizações da chamada sociedade civil, que nada mais são do que empresas privadas constituídas e, adredemente, pensadas para sangrar o suado dinheiro do povo.
Em Imperatriz atuam com desenvoltura duas delas: a Bem Viver e a AME, ambas seriam manipuladas pelo deputado Antonio Pereira (DEM), principal apoiador da candidata Rosângela Curado, por um empresário-bioquímico conhecido apenas como Dr.  Emílio, que teria construído um grande patrimônio nesta negócio e pela esposa de um ex-prefeito de Sitio Novo e diretor do hospital regional de Imperatriz, também administrada pela Bem Viver, tudo sob as vistas do Secretário de Estado da Saúde Ricardo Murad, que teria conhecimento de todo o esquema de corrupção com a saúde do Estado.
Deputado cachoeira
O esquema digno de uma operação da Polícia Federal não vazou até agora porque tem políticos, jornalistas, blogueiros, radialistas, contadores, advogados e mais recentemente dois candidatos a prefeitos de Imperatriz e um da região tocantina  que estariam sendo beneficiados pelo escabroso esquema de desvio de recursos públicos.
A idéia sofisticada por trás do esquema é que, as tarefas e funções que o Estado que é Primeiro Setor não consegue realizar a contento e sem ter como objetivo auferir ganhos financeiros, como é a praxe do mercado (Segundo Setor) seriam repassadas para o chamado Terceiro Setor (sociedades sem fins lucrativos, organizações sociais, ONGS, etc.).
No Brasil, segundo o jornalista do Estadão Gaudêncio Torquato “o tamanho da encrenca que põe sob suspeição organizações não governamentais (ONGs), expressão igualmente usada para definir aquele universo, pode ser aferido por esta ordem de grandeza: o País abriga cerca de 350 mil entidades de assistência social, que empregam 2,5 milhões de pessoas e 15 milhões de voluntários; entre 2004 e 2010 esse conglomerado recebeu dos cofres públicos R$ 23,3 bilhões, uma evolução de 180% em seis anos”.
No Maranhão, digo eu, ainda não se tem números do volume de recursos que a Secretaria de Estado da Saúde repassou até agora para as organizações sociais, mas estima-se que muito dinheiro público estadual e federal são jogados nos escaninhos dessa rede.
O que impressiona é que essas entidades só “prestam contas” para o próprio repassador, no caso a Secretaria de Estado da Saúde. É mesma coisa de colocar a raposa para vigiar o galinheiro.
Como há recursos públicos federais envolvidos é indispensável que a Polícia Federal, os Ministérios Públicos Federal e Estadual entrem no caso especificamente em relação às duas entidades aqui mencionadas Bem Viver e AME – Associação Médica Especializa. Podem escrutinar os repasses para ver o tamanho do rombo nos recursos públicos e os prejuízos para a população. Seguramente é uma dinheirama gigante desviada da saúde pública de Imperatriz e que explica as profundas carências na saúde pública de Imperatriz e de vários outros municípios da região e que servem principalmente para o financiamento de campanhas eleitorais.
Voltarei ao assunto com detalhes específicos do que estou denominando de“vampiragem da saúde pública”.  
Veja mais sobre, no blog do Robert Lobato, em uma publicação feita no ano passado AQUI

Um comentário:

  1. Boa informação, mas parece que as noticias sobre esta vampiragem pararam!!!

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